sábado, 3 de setembro de 2011

"Abre uma conta neste sofá para mim. Destranca esta porta e me deixa entrar. Não acabou para você nem para mim, isto ficou claro no dia em que li nos seus olhos a vontade de me ter por mais uns minutos. Vivemos nos esbarrando. Quantas vezes você já fingiu que não me viu entrar naquele bar? Sei que de longe você me observava. Eu longe e você perto. Perto de pedir arrego, de se entregar novamente. Você tenta seguir novos rumos, mas quanto mais se contorce nesta areia movediça mais afunda. Porque as coisas têm de ser assim. Você acha que corre na direção oposta a mim, mas a cada passo se aproxima mais. Você ainda não percebeu que a minha esquina sempre irá cruzar com a sua?"
(Vanessa Rosa)

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