Foi um período de luto. Havia momentos em que eu me perguntava se choraria por toda a vida e jamais me livraria daquilo outra vez, mas, finalmente, eu podia lembrar, sem chorar, e recordar os dias de amor sem quer a infinita dor brotasse como lágrimas das profundezas do meu ser. Não há sofrimento igual à lembrança do amor e a consciência de que ele se foi para sempre. Até em sonhos eu nunca mais vi seu rosto outra vez, embora o desejasse, e percebi, afinal, que era melhor assim, pois do contrário viveria o resto de minha vida sonhando… E afinal chegou o dia em que eu podia olhar para trás e compreender que o tempo de luta acabara (…).
(Morgana Fala)
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