"Foram três ou quatro anos de um amor que beirava a obsessão: eu andava pelas ruas e achava que todo mundo era ele. (…) Até hoje, amigos da época da faculdade ainda me encontram e perguntam "E fulano?". Eu apenas sorrio e respondo incerta: "Passou, coisa de quando eu era criança". Depois fico um pouco envergonhada em lembrar o quanto eu enchia o saco de todo mundo com a minha monotemática – eu basicamente não falava de outra coisa. Toda vez que tinha um trabalho pra fazer na faculdade, minha inspiração era a cidade natal dele, ou alguma banda que ele gostava muito, a etimologia do seu nome, a rua onde ele morava, a pinta do lado esquerdo do seu rosto… Eu lia o que ele lia, escutava o que ele escutava, ia aonde ele ia, torcia pelo mesmo time (…) Eu gostava tanto dele que acabei virando ele, mas não me perguntem o que isso quer dizer. Foi o maior amor que já senti na vida..."
(Tati Bernard)
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